Era uma
vez uma pessoa que acreditava em tudo que lhe prometiam, que tinha um pendor
para se adequar as imposições das instituições sociais, e tudo de podre que se
esconde por trás das mesmas, as obrigações, os oportunismos, as sacanagens...no
lugar do óbvio ululante pintado por trás de cada ato maquinado, ela via um
lindo comercial de margarina. Eu morria a cada vez que subestimavam a sua
inteligência, a cada vez que se aproveitavam da sua bondade, mas elas
horrorizada com minha atitude excessivamente revoltada, tentava me acalmar e
justificava em nome do que não tem justificativa. Então lavei as mãos, e nossa,
como escorreu sujeira pelo ralo...precisava deixar as pessoas quebrarem a cara
sozinhas, ou nunca enxergarem o que se inscreve despudoradamente na sua frente,
mas quando não se quer ver não adianta explicar, brigar, enlouquecer(até porque
o último item já estava autenticado e comprometido com os remédios receitados
pelo moço que cuidava da minha cabeça)...Quanto a moça? Continua feliz, acreditando que o mundo é mesmo cor de
rosa, apesar de odiar essa cor. Parabéns moça, você passou com louvor no curso
de acomodações alienantes ao instituído. O mais assustador é que depois que as
pessoas faziam tudo o que queriam com ela, levantavam-se no dia seguinte,
sorriam lembrando que ela caira mais uma vez, e levavam em frente o seu conto
de fadas feito para poucos, apenas os escolhidos. Então citando Sophia de Mello B.Andresen: Perdoai-lhes Senhor. Porque eles sabem o que fazem. Anne Damásio
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