quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

As embalagens de margarina e o poder das instituições...

Era uma vez uma pessoa que acreditava em tudo que lhe prometiam, que tinha um pendor para se adequar as imposições das instituições sociais, e tudo de podre que se esconde por trás das mesmas, as obrigações, os oportunismos, as sacanagens...no lugar do óbvio ululante pintado por trás de cada ato maquinado, ela via um lindo comercial de margarina. Eu morria a cada vez que subestimavam a sua inteligência, a cada vez que se aproveitavam da sua bondade, mas elas horrorizada com minha atitude excessivamente revoltada, tentava me acalmar e justificava em nome do que não tem justificativa. Então lavei as mãos, e nossa, como escorreu sujeira pelo ralo...precisava deixar as pessoas quebrarem a cara sozinhas, ou nunca enxergarem o que se inscreve despudoradamente na sua frente, mas quando não se quer ver não adianta explicar, brigar, enlouquecer(até porque o último item já estava autenticado e comprometido com os remédios receitados pelo moço que cuidava da minha cabeça)...Quanto a moça? Continua feliz, acreditando que o mundo é mesmo cor de rosa, apesar de odiar essa cor. Parabéns moça, você passou com louvor no curso de acomodações alienantes ao instituído. O mais assustador é que depois que as pessoas faziam tudo o que queriam com ela, levantavam-se no dia seguinte, sorriam lembrando que ela caira mais uma vez, e levavam em frente o seu conto de fadas feito para poucos, apenas os escolhidos. Então citando Sophia de Mello B.Andresen: Perdoai-lhes Senhor. Porque eles sabem o que fazem. Anne Damásio


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