Acho que preciso de novas asas, com
revestimento garantido contra colisões e derrapagens, da escalada do fundo do
poço ainda estou na metade, nesse tempo de falência emocional e existencial,
descobri que aqueles que se auto proclamavam meus amigos, que contaram comigo
em momentos que certamente outros mortais não estariam por perto...ah, meus
senhores, esses desapareceram de fininho, de repente esqueceram para que serve
o telefone, e nesse caso não me refiro as ligações para me solicitar na vida
deles. Visitas a minha casa foram sutilmente evitada sob pena de me incomodar,
mal sabem eles que tudo que precisamos em momentos de vontade de (des)existir, é
um olhar de verdade de ‘eu não sinto como você, mas imagino que é demais sentir
assim’, nesses instantes de dor a presença é como bálsamo...Mas não são só
lamúrias, essa dor estranha produzida por esse bicho que hiberna aqui dentro, e
que me recuso a dizer o nome, me mostrou também quem eram as pessoas de
verdade, as que me aturavam quando nem eu me suportava, e por elas vou ficando,
e por elas vou levando...mesmo no último baque, quando senti muito perto o
abismo, elas estavam lá me puxando pela mão e me trazendo de volta a razão, a
vocês eu amo, e das poucas virtudes que eu tenho uma delas é a gratidão, eu
definitivamente tendo a esquecer as sacanagens que me fazem, dói menos seguir
assim, mas NUNCA esqueço o bem que me fizeram. Anne Damásio
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