quinta-feira, 11 de julho de 2013

Um eu em rabiscos...

Eu sou só esse rabisco mal acabado!

Essa certeza vacilante se instaurou com a queda no abismo sem fim e a instabilidade que caracteriza os dias da Imensa falta...não compreendo se essa falta se refere ao eu perdido em algum lugar da bruma que se apropriou dessa (des)existência, ou se apenas uma falta decorrente do não reconhecimento desse eu que habita o corpo. O que sei, com essa sensação de ser um mero rabisco, é que me desmonto o tempo todo, e temo não conseguir me reiventar, afinal, não seria essa a condição de existir essencialmente, a possibilidade de reinvenção? Caminho com um claro objetivo, me encontrar, a mim ou a esses rabiscos sem fim, que oscilam entre a leveza e a loucura, a escassez e o excesso, a dor e a beleza de existir em paz. Anne Damásio

Imagem: Jaya suberg


Nenhum comentário:

Postar um comentário