Será isso que caracteriza essa doença, quando não conseguimos
ver para além dessa dor inominável, dessa inabilidade congênita de existir?
Será essa incompreensão frente a estados de espírito que não reconhecemos, como
se fundados por algum demônio apenas para impedir que a vida siga? Como se nos deparássemos
com sentimentos não catalogados em nenhuma classificação taxonômica disponível...alguns
humanos hiper-sensíveis experimentam-nos, a inexistência oficial deixa-os
atordoados, porque não se explica o que não tem nome...Tudo confuso e triste,
como barco à deriva, não no sentido de perder-se sem direção, mas de rodar
vezes sem conta no entorno de si...será isso recair? Anne Damásio
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