Intolerância, ingratidão, insatisfação
agudas...ando meio cheia de tudo(o que soa engraçado não é mesmo?
Meio&cheia(como duas coisas opostas que por serem opostas se completam uma
engolindo a existência da outra...hehehe...surto esquizoimune...Não tenho mais
saco para ingratidão, para sumiços oportuníssimos, para gente falando aos
borbotões sobre coisas desinteressantíssimas e eu fazendo a linha altamente
compreensiva com a sua futilidade galopante...não tenho saco para dar o melhor
de mim, e esse melhor sempre ser muito pouco para os ideais pseudo-burgueses de
quem não sabe o que é se doar. Para tranquilizar sua alma que não suporta
profundidades, me pergunto se pelo medo de se perder nelas?...o problema sou
eu, eu e essa idade que vai me fazendo chorar cada vez mais e rir com muita
maestria de mim, mas me resguarda o direito de não aturar o que não é possível
de ser aturado, porque dói demais fingir...e como diria Caio F. até sei fazer
jogo social, mas me recuso, portanto, não espere um sorriso quando eu não
estiver afim de fazê-lo, não me violento por convenções, não espere que eu vire
uma naja porque o mundo é cada vez menos habitável(porque faz tempo que digo
najices para suportá-los...o mundo e alguns espécies superficiais que o
habitam)...Mas voltando ao problema sou eu, essa idade, essa curva dos quarenta
que se insinua me permite não ter que ser tudo que esperam de mim, me permite
ser muito mais eu, assim, sentindo aos borbotões e exprimindo isso a cada momento,
carente, chata, pegajosa, confusa, dona das minha verdades momentâneas, mas
sobretudo a pessoa que vai te respeitar a exaustão se sentir(porque eu sou
assim, de sentires...) que você merece. Anne Damásio
Fotoart: Jaya Suberg
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