As
vezes a moça tinha a sensação que tinha de correr no encalço de si,
estranhamente descobria que não estava indo para nenhum lugar em particular, e
era como um duplo atordoar-se...porque saber que tem que caminhar pressupõe a definição
do lugar para chegar, então sarcástica porque nervosa olhava na cara da vida e
pedia gentilmente licença para continuar, a única exigência que ela ou a que
ela andava no encalço fazia era licença para existir só pra si, sem a
preocupação castradora do olhar do outro, licença para raspar a cabeça,
esquecer as convenções e ser ela. Mas quem ela era? Anne Damásio
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