Ela sempre sonhou com a
escrita...e por desacreditar de/em si brincou a vida inteira de
procrastinar...pequenos textos, blogs, obviedades acerca da dor obscena que a
caracterizava(como a todos aqueles entes sensíveis, disposto a habitar os
subterrâneos, mas impossibilitados de permanecer por lá)...então a vida adulta,
as obrigações reais, as tentativas de tornar viável a existência no que ela tem
de material, e aquela agonia interior que eclodia vez ou outra...para isso
tratavam os sintomas, medicalizavam sua dor...deixando-a adormecida...Mas e
agora companheiro? Ela voltou, o que fazer com isso que cobra dela o retorno
aos sonhos, a ressignificação de todos os caminhos. O que fazer? Anne Damásio
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