Inquietação, angústia,
medo/pânico! Tantos outros termos para descreverem minha real situação,
justificada pela construção da lógica da figura compreensiva que por ter vivido
demais, e por demais entenda-se uma vivência para além da idade cronológica,
tentava compreender desde os arroubos adolescentes da minha cria, até aquelas
pessoas que entraram à revelia em minha
vida...Hoje me deparo que uma sensação cortante de impotência, obviamente tenho
consciência de que essa dor, que como diria o velho Caio F. samba agora de
salto agulha no meu peito, passará. Mas então me pergunto, quando meu deus?
Essa angústia/inquietação marca fundo, e pela sua própria existência, que de
volátil nada tem, toma assento, instaura-se. Enquanto isso e alternadamente,
ouço uma seleção musical divina, entorpeço os sentidos(leia-se com cervejas
legalmente vendidas em qualquer birosca), vejo filmes tensos para adensar a
ideia de que minha vida estranhamente eivada de problemas, numa versão sem
mortes do tsunami, ainda é amena. E rezo, não no sentido literal, mas percebo
em mim uma vontade de suplicar proteção. Só me resta escrever, ler, trabalhar,
me distrair, e esperar que o tempo em toda a sua capacidade mortífera, vá
passando, devagar. Anne Damásio
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