Tenho
pensado ultimamente e com certa frequência nas relações que estabelecemos, naqueles que amamos, e compreendo que a
distância não é motivo para questionar esse amor. O que me surpreende são
aqueles sujeitos que proclamam em altos brados suas qualidades de excelentes pais,
considerando apenas a proximidade física, mas que não sabem ser carinhosos,
parar para ouvir os filhos, descarregam nos pequenos suas mazelas cotidianas...Eles
sabem como ninguém promover essas supostas qualidades, se outorgam o dever de guardiões
da família, imagem que se observada de perto se esvai...e me questiono como
será permanecer enredado na imagem que criamos de nós mesmos? Como será
dispender um esforço incomensurável para permanecer acreditando nessa imagem? Anne Damásio
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