sexta-feira, 25 de maio de 2012

De quem eu era aos 35 anos! De quem serei hoje?

Rememorando:.

Descobri em mim uma veia assassina, que direta ou indiretamente mata tudo o que é sutil ou inteiramente tentativa de permanência , pela incapacidade por vezes vã de não permitir que me sigam, me adorem, me odeiem por conveniência. A gente passa a vida procurando o sentido das coisas e ao fim de tudo nos deparamos com pessoas que mais cedo ou mais tarde inventarão qualquer subterfúgio para se salvar das tais conveniências. Ao acordar do torpor da noite anterior consegui esboçar entre-dentes um sorriso – mais parecido com espasmo – E só agora consigo exteriorizar esse ressentimento, esse fastio de viver. Talvez a maturidade esteja me convertendo numa mulher de 35 anos, tatuada, e deslocada…no corpo e gestos denúncias dos meus excessos, na alma, mais dúvidas do que costumava ter quando menina. Então os flertes constantes com o abismo, que me permito como forma de sanar a busca por mim… E vou sussurrando entre lábios: não tenho culpa desse sentir excessivo, desta dor que vaza pelos meus poros, não tenho culpa dos meus delírios ideacionais… É deles que vivo. Estou exagerando, eu sei, mas estou em carne viva, escrevendo nietzchianamente com sangue pra diluir minhas insanidades, que de temporárias nada mais tem...

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